segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
sábado, 22 de dezembro de 2007
EVENTO INTERNACIONAL EM ITABUNA
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
EVENTO INTERNACIONAL EM SALVADOR
PARA MAIORES INFORMAÇÕES ENVIAR E-MAIL PARA : balaocapoeira@yahoo.com.br
A BAHIA E O CTE CAPOEIRAGEM ESTÃO ESPERANDO VOCÊS DE BRAÇOS ABERTOS!!!!!
BALÃO
PEÇA - " O PAGADOR DE PROMESSAS"
sábado, 15 de dezembro de 2007
CURSO NA SUIçA - MESTRE BALÃO
WORKSHOP OXFORD - MESTRE BALÃO
WORKSHOP INGLATERRA(NOTTINGHAM) - MESTRE BALÃO
WORSHOP BÉLGICA - MESTRE BALÃO
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
BATIZADO CONTRA-MESTRE PAPA-SUIçA
VIAGEM CTE CAPOEIRAGEM EUROPA 2007
domingo, 2 de dezembro de 2007
CURSO DE BERIMBAU NO MARISTA
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Da Morte da Figura Pública do Mestre Leopoldina (Golfinho)
A MORTE DA FIGURA PÚBLICA MESTRE LEOPOLDINA
Benício Boida de Andrade Júnior (Golfinho)
“Faleceu o Mestre de capoeira Leopoldina ás 16:30h do dia 17/10/2007, na cidade de São José dos Campos/SP, Brasil”[1]. Abro a caixa de e-mails e lá está a notícia encaminhada por meu amigo Pedro[2].
Morreu o Mestre Leopoldina.
É de sentir o falecimento de uma figura dessas... Leopoldina, embora não tenha qualquer ligação direta com a "nossa" capoeira da Bahia, é seguramente dos últimos representantes (no Rio, acho que o mais emblemático) de um certo "ser" capoeirístico, de uma certa maneira de tocar a vida típica da "fina flor" da malandragem dos tempos de outrora (na Bahia ou no Rio). E é uma pena que a conveniência política me impeça de arrolar outros exemplos vivos na Bahia, que é meu território...[3]
Leopoldina era o símbolo acabado de uma "delicadeza já perdida"[4] ou de uma "malandragem provinciana", poética; malandragem vaidosa, elegante e criativa. Um conceito, portanto, contingencial de "malandro". E é por essa via que posso compreender o quanto orgânicas, intuitivas e legítimas tinham de ser as tão propaladas "negaças", "mandingas", "manhas" e “malícias”[5] que, pela capoeira, nossos ancestrais (categoricamente representados por figuras como Leopoldina) legaram uma perspectiva de mundo, uma maneira de driblar - com elegância e originalidade - carências materiais tão aparentes para nós, míopes repetidores dos inócuos, sabidos e ressabidos discursos sociais.
Trata-se, pois, de atentar para aquilo que subjaz, que está por trás, porque no que toca a miséria e abandono sofridos por Cartola, Pastinha ou Waldemar, muito já sabemos e pouco agimos[6]. É quando jogar capoeira, levar um samba, vestir-se de branco impecável ou cumprir suas obrigações transcendentes engendra dignidade na pessoa humana. É disso que não nos apercebemos e é isso que morre, não tão lentamente quanto possa parecer, quando morre um Leopoldina. Dignificar-se pelo seu modo de ser e proceder é tão importante quanto a dignidade humana de que nos falam os jornais e revistas, dignidade enfaticamente material. São direitos humanos que “dignificam” com padrões pré-moldados e classificam por índices econômicos, mas excluem o único sustentáculo efetivo daquilo que faz dos Leopoldinas da vida Mestres de verdade: a capacidade de aplicar a sabedoria de um povo a um instrumental artístico-cultural que se renova criativa e ludicamente com riqueza intrínseca inabalada[7]. Leopoldina não era mestre de capoeira porque tinha muitos alunos. Também não o era porque dominou as técnicas[8] sofisticadas. Era mestre porque fez capoeira como extensão do seu modelo de viver e ver as coisas, matriz de uma cultura que não busquei quando me matriculei na academia; mas com a qual, a partir das primeiras experiências naquela coletividade, pude me identificar e inebriar. O olhar mágico de capoeirista que estava me tornando levou-me a rever preconceitos e aprender com aqueles que infelizmente não compreenderão estas linhas, mas que insisto em chamar de Mestres e assisti-los com atenção. Mas não por humildade e sim em razão da esperteza malandra que eles mesmos me ensinam. Malandragem “que já não é normal”[9], que já se esvai antes mesmo de contagiar, deixando-nos carentes de certas sutilezas não apenas romanticamente bonitas, mas talvez enormemente relevantes para a chance de nos fazer melhor. E quando perdemos isso declinamos também de uma maneira historicamente capoeirística de sermos felizes. Felizes na simplicidade digna que nos leva a repensar a importância[10] dos mega-batizados, dos grupos colossais ou das aparições na TV. É isso que representa a morte do Mestre Leopoldina: a perda de algo que parece afixado ao tempo passado, estéreo, sem continuidade ou proliferação, mas desesperadamente essencial.
MALANDRAGEM[11]
Antigamente,
Tudo era diferente,
No Rio a gente era gente,
Que beleza de lugar,
Ali na Lapa ,
Tinha toda a malandragem,
Do Samba e da capoeira,
Vale a pena recordar,
A malandragem,
Não era como hoje em dia,
Havia mais poesia,
No jeito de malandrar,
O bom malandro,
De branco era boa praça,
Cantava e fazia graça,
Era um tipo popular,
Mas respeitado,
Porque bom da capoeira,
Derrubava de rasteira,
Sem nem mesmo se sujar,
E de noitinha,
Embaixo dos lampiões,
Lindas moças ruquiões
Olhavam onde passar,
Lá pelos arcos,
Desenhando de beleza,
O céu que a mãe natureza
Reservou pra esse lugar,
O céu que a mãe natureza
Reservou pra esse lugar,
O céu que a mãe natureza
Reservou pra esse lugar,
O céu que a mãe natureza
Reservou pra esse lugar,
Ê viva meu Deus
Iê viva meu Deus camará
Iê que me ajudou
Iê quem me ajudou camará
Iê viva meu Mestre
Iê viva meu Mestre camará
Esforço-me para acreditar naquilo que, certa ocasião, na Gamboa de Baixo[12], depois de ter “mordido uma cachaçinha”[13] com o M. Bola Sete, disse-me o mesmo amigo Pedro (do e-mail) - que curiosamente é professor, doutor, documentarista, intelectual e sei lá mais o quê: “Sempre haverá uma resistência. Por mais que a aculturação dominadora se apresente com toda a sua força, toda sua sedução, setores continuarão desenvolvendo maneiras e maneiras originais e ricas, de preservar sua identidade, de ser (existir)”. Esforço-me... muito esforço.
Benício Golfinho tem 24 anos, é branquelo, flácido, católico, não conheceu Leopoldina pessoalmente, não tem qualquer compromisso científico, trabalha com roupa social e nunca morou no subúrbio (nem dos ricos nem dos pobres). Mas agradece ao mundo descortinado pela capoeira e capoeiristas por cada segundo que joga nas rodas de rua, por ter aprendido a respeitar o samba como algo musicalmente fantástico, por cada ida ao terreiro (sem exotismo racista no olhar), por andar gingando, por não ver a “nega do balaio grande” como depósito de esperma, por negacear com o cotidiano e por todos os momentos de pura felicidade que desfrutou longe dos seus colegas e perto de seus amigos, malandramente.
[1] http://www.capoeirajogoatletico.com/blog/?p=627
[2] Decididamente a coincidência é só no nome, porque ele não parece com o amigo de Raulzito.
[3] Sim, porque a vontade é de dizer “Vão! Corram e procurem, façam documentários, escrevam livros sobre essa gente, ‘o tempo urge’!”
[4] Expressão aproveitada do vídeo “O País da Delicadeza Perdida” (Chico Buarque)
[5] “A capoeira é mandinga, é manha, é malícia (...)” (Pastinha)
[6] Ajamos, portanto.
[7] É evidente que louvar nostalgicamente a representavidade de tal cultura – personificada na figura pública do Mestre - não significa rejeitar os avanços da atualidade. Significa alertar que tais avanços não devem implicar na extinção absoluta daquilo que nos é mais sagrado: nossa tradição. Treinemos nas academias, mas não pensemos que para aprender capoeira só levantar bem as pernas basta.
[8] Aliás, o conceito de “técnica” na capoeira deveria ser mais estudado pelos pesquisadores, porque foi indubitavelmente com esteio nela e em suas mutações que toda a estética capoeirística foi se desenvolvendo, enquanto a capoeiragem fazia suas migrações (da clandestinidade para o Mercado Modelo dos gringos, do cais para a rua, do preto para o branco, da rua para os Balés Folclóricos, da rua para a academia, do Brasil para o mundo, do mundo para o Brasil, do Brasil multicultural para a africanidade resgatada etc).
[9] Trecho da música “Homenagem ao Malandro”, de Chico Buarque: “Eu fui a Lapa e perdi a viagem / que aquela malandragem não existe mais / Agora já não é normal o que dá de malandro regular, profissional / (...) Mas o malandro para valer, não espalha / aposentou a navalha, tem mulher e filho e tralha e tal / Dizem as más línguas que ele até trabalha / Mora lá longe chacoalha, no trem da central”
[10] “Importância” no sentido de imprescindibilidade, não de rejeição com algo em si negativo, mas apenas desnecessário.
[11] Ladainha cantada por M. Peixinho no dicos do Centro Cultural Senzala.
[12] Bairro (ou pequena comunidade) de Salvador-BA.
[13] Expressão por ele cunhada no mesmo dia.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Videoconferência do Capoeira Viva antecipada para dia 30
Videoconferência do Capoeira Viva antecipada para dia 30
A videoconferência de explanação sobre o Prêmio Capoeira Viva 2007 foi antecipada para a próxima terça (30), das 14h às 18h,. Todas as capitais nordestinas e Brasília terão exibição através das salas do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O endereço dos locais está em http://www.cultura. gov.br/noticias/ noticias_ do_minc/index. php?p=30560&more=1&c=1&pb=1 As inscrições devem ser feitas até às 19h da segunda (29), através do e-mail videoconferenciamin c@gmail.com, informando nome completo, número do RG e a cidade onde assistirá a videonconferê ncia. Outras informações sobre o edital: (81) 3224-0561, floranoberto@ gmail.com.
Mais informações sobre a Segunda Edição do Projeto Capoeira Viva em http://www.cultura.gov.br/noticias/noticias_do_minc/index.php?p=30560&more=1&c=1&pb=1
Edital: http://www.capoeiraviva.org.br/download/edital_capoeiraviva_2007.pdf
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
CTE Capoeiragem USA
O Mestre Balão já anunciou a sua graduação de CONTRA-MESTRE, juntamente com a do Professor Sam(CTE Capoeiragem - Itabuna)....
É isso Dila, concretizando o seu sonho......
terça-feira, 9 de outubro de 2007
EVENTO DO CONTRA-MESTRE PAPA(SUIÇA)
O EVENTO TERÁ A PARTICIPAÇÃO DO MESTRE BALÃO E PROFESSORA CAROL, DIRETAMENTE DO BRASIL, DOS MESTRES PAULÃO(SUIÇA), MATHIAS(SUIÇA) E PÁSSARO PRETO(SUIÇA);CONTRA-MESTRES MACACO(ALEMANHA), MARCO ANTÔNIO(PORTUGAL), SANDRO(SUIÇA), BOZO(SUIÇA); PROFESSORES PASSARINHO(SUIÇA), TIMBALADA(SUIÇA), CALANGO(BÉLGICA); INSTRUTOR PERNALONGA(SUIÇA).
A GALERA MAIS NOVA DO CTE CAPOEIRAGEM - SALVADOR( KATITA, CUSCUZ E PIMENTINHA), ALUNOS DO MESTRE BALÃO, IRÃO TAMBÉM PARTICIPAR DO EVENTO.
INFORMAÇÕES PARA PARTICIPAR DOS ESTÁGIOS, CONTACTAR COM O CONTRA-MESTRE PAPA.
Workshop de Balão na Bélgica
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
CTE CAPOEIRAGEM - AUSTRÁLIA
PARABÉNS GALERA PELA INICIATIVA.
OS NOSSOS NÚCLEOS, DO CTE CAPOEIRAGEM, ESTÃO A DISPOSIÇÃO PARA AJUDAR NO QUE DER.....
domingo, 7 de outubro de 2007
CAPOEIRISTAS DO MUNDO VISITAM O CTE
terça-feira, 25 de setembro de 2007
EVENTO CAPOEIRA BRASIL - PARANÁ
Balão
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
CTE Capoeiragem-Itabuna na Universidade
jeguinho está consegunido colocar algumas crianças da comunidade do Salobrinho para participarem das atividades na universidade. Também está realizando cursos de instrumentos para estrangeiros, que não são capoeiristas, mas se interessam pela arte, como foi o caso dos franceses que passaram por lá.....
Parabéns Jeguinho pelo bom trabalho!!!!
Balão