NOTICIAS DA REVISTA: "AÚ, O CAPOEIRISTA"

"A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, através da CENP (Coordenadoria de Ensino e Normas Pedagógicas), recomendou a utilização do álbum AÚ, O CAPOEIRISTA em um projeto de reforço escolar.

Escolas do interior paulista que não obtiveram uma boa avaliação do IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) receberam uma lista de projetos pedagógicos a escolher, nos quais podem desenvolver programas paradidáticos que ajudem a melhorar o desempenho de seus alunos. Entre os projetos encontra-se um específico com a utilização de quadrinhos e para tal a indicação foi a utilização do álbum recém lançado pela editora Papel A2, AÚ, O CAPOEIRISTA, de autoria de Flávio Luiz. O IDESP (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) é um indicador de qualidade das séries iniciais (1ª a 4ª séries) e finais (5ª a 8ª séries) do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. O IDESP tem o papel de dialogar com a escola, fornecendo um diagnóstico de sua qualidade, apontando os pontos em que precisa melhorar e sinalizando sua evolução ano a ano. Assim o programa apresenta, para cada escola, um indicador de qualidade de ensino e estabelece metas para o aprimoramento desta qualidade.
O álbum AÚ, O CAPOEIRISTA, possui todos os elementos que podem render um frutuoso trabalho em sala de aula. Primeiro quadrinho brasileiro a se utilizar da estética franco-belga de quadrinhos, com uma edição em capa-dura, impressa em papel couché apresenta um leque de personagens cativantes, que vivenciam uma história cheia de humor, consciência ecológica, aceitação das diferenças. Estas mensagens são transmitidas de forma lúdica, leve, e facilmente assimiladas pelo leitor. Estão presentes a alegria, a hospitalidade e a criatividade do povo baiano.
Aú é um jovem negro de 16 anos, morador do Pelourinho, criado e fiel seguidor da filosofia da capoeira. De forma agradável e divertida o leitor toma contato com os elementos da cultura negra, seus valores e sincretismo, suas tradições e lutas. Assim surge em suas páginas a história do início da capoeira, suas motivações, seus grandes mestres.
Recheado de gírias e da forma de falar do povo, assinaladas em negrito, possui um rico material de trabalho da língua portuguesa em sua manifestação popular, bem como elementos de antropologia através das suas crenças, comidas, roupas e costumes.
Fator diferencial na personagem Aú e nas personagens que compõem seu universo é sua negritude expressa em suas tradições e costumes. Aú não é o único personagem negro dos quadrinhos brasileiros, mas é o único que parte de um universo de proximidade com as pessoas comuns e o único a que podemos chamar de herói, já que imbuído dos mais nobres valores é um altruísta por excelência e formação na arte da capoeira e arrisca-se para salvar o próximo."